Amanda Mendonça e Ana Cristina Naveira
O I Congresso da JPT tem contribuído bastante na construção de uma plataforma feminista para o conjunto da nossa militância. Um destes avanços trata da necessidade de consolidar a presença das mulheres em todas as instâncias do nosso partido. É central que a juventude do PT construa uma política que trate a questão de gênero de maneira paritária, reforçando o desafio cotidiano da defesa de uma pauta feminista e que caminhe para reverter a atual relação de desigualdade existente no partido.
Temos a tarefa, portanto, de cobrar da militância jovem do PT o cumprimento do regimento do Congresso da JPT que estabelece a paridade entre homens e mulheres nas delegações estaduais para o Congresso. Este é um instrumento para dar conta do papel estratégico que as mulheres devem ter em nosso partido.
Somos tantas no PT, nos movimentos sociais e tão poucas na direção partidária. Não é sustentável que não estejamos nos espaços políticos estratégicos do partido. O cumprimento da paridade nas delegações para o Congresso Nacional da JPT contribui para viabilizar a presença das mulheres na construção da JPT. Além disso, possibilita que estas estejam no centro dos debates e das decisões políticas sobre os rumos de nossa juventude, o que cria mais condições concretas para que a próxima direção da JPT avance na superação do machismo, sendo composta paritariamente por homens e mulheres.
A Juventude do PT protagoniza esse novo momento, um momento de superação das desigualdades e busca por um programa que contemple mulheres e homens de maneira IGUALITÁRIA. A garantia de que as mulheres estejam nas instancias de direção é um instrumento para que se construa e se consolide uma política feminista para a JPT.
“Nós exigimos a igualdade de participação das mulheres e homens nas tomadas de decisões políticas”...
Por isso, nós mulheres jovens, militantes da tese Avante reiteramos nossa posição de que a Paridade seja uma construção coletiva nesse processo do I CJPT. E solicitamos às comissões regionais uma fiscalização rígida para que realmente a Paridade seja respeitada, não havendo de nossa parte disposição para exceções.
É necessária a construção de uma nova etapa na organização das mulheres do PT, que possibilite a incidência do feminismo na vida real do Partido. Acreditamos que a política de cotas contribuiu muito para que as mulheres se incluíssem nos espaços de direção, mas a Juventude deve avançar para aprovar a Paridade abrindo uma nova etapa na relação do partido com a pauta feminista. Garantir a seriedade do processo também se relaciona na garantia do cumprimento da paridade. Essa com certeza será uma conquista de toda a militância jovem do PT.
Amanda Mendonça é Diretora de Mulheres da UEE/RJ e militante da Marcha Mundial de Mulheres
Ana Cristina Naveira é Secretária Municipal da JPT de São Leopoldo/RS
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Paridade: Uma questão de coerência na política da JPT
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário