domingo, 16 de março de 2008

Repensar o método de eleições das direções da JPT

Entendemos que uma das formas de ampliar a participação do conjunto de militantes na Juventude do PT é criarmos formas mais massivas, democráticas e politizadas de eleições das nossas direções, que ampliem o debate para as cidades menores e envolvam o conjunto dos militantes jovens do Partido. Falamos de dezenas de milhares de pessoas que possam participar deste processo, não apenas votando, mas também organizando a JPT nos municípios. O primeiro passo já foi dado, estabelecendo as etapas municipais do I Congresso da JPT como obrigatórias e eletivas, como forma de estimular nossa organização de base.

Em nosso entendimento a realização do I Congresso de forma casada com as eleições das direções não é o modelo ideal, dado que nas Etapas Municipais e Estaduais ainda não estará definido o formato das direções da JPT. Nos preocupa também, neste modelo a forte contaminação pela disputa de espaços. Temos de trabalhar para que o I Congresso da JPT não se transforme em um “encontrão”, onde o debate sobre o programa político e a nossa organização não se perca frente à disputa de cargos na direção.

Para nós, o modelo ideal neste momento seria a separação do processo de definição estratégica da nova JPT, ou seja, o I Congresso, do momento de disputa pela direção da Juventude do PT.

Neste sentido, propusemos a realização das Eleições Diretas Pela Base, na qual todos os jovens petistas aptos que tivessem participado dos debates nas Etapas Municipais poderiam eleger de forma direta as direções da JPT em todos os níveis.

Como sabemos que este seria um processo novo, defendíamos também que ele fosse alvo de um criterioso balanço político sobre seus efeitos. Desta forma, propúnhamos, que as Eleições Diretas Pela Base, fossem pauta, após a sua realização, da primeira Plenária Nacional de Núcleos e que esta tivesse a possibilidade de fazer alterações no modelo de eleições das direções.

Acreditamos que o I Congresso da JPT deva realizar um amplo debate sobre o modelo de eleições que nossa juventude deve adotar. Entre estes modelos acreditamos que deve estar no centro do debate a proposta de Eleições Diretas Pela Base, considerando-se a necessidade de ampliar o debate político no interior do partido para milhares de jovens, sem gerar distorções como filiação em massa, ausência de debates ou prevalência do poder econômico. Para nós este processo deverá ter critérios muito claros tais como:
a) A obrigatoriedade de existência de Secretaria de Juventude no município que organizar a eleição;
b) A obrigatoriedade de participação dos militantes em debates preparatórios para que este se habilite enquanto eleitor nas Eleições Diretas Pela Base da Juventude;
c) Realizá-lo num processo próprio da juventude, para que se garanta o debate sobre os temas específicos, ao invés de incluir a votação junto com o PED do PT.
d) A sua constante avaliação pela Plenária Nacional de Núcleos, sendo que esta tenha possibilidade de fazer alterações no modelo de eleições das direções.

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